Diversos artistas e músicos participaram, neste domingo (21/9), das manifestações realizadas em várias capitais do país contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e contra o projeto que prevê anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
Convocados por redes de movimentos sociais, parlamentares e figuras públicas, os atos começaram pela manhã em capitais como Brasília (DF), Natal (RN), Salvador (BA), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM) e São Luís (MA). No período da tarde, ocorrem atos em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e outras cidades.
Artistas e músicos comparecem em diferentes capitais
Na capital federal, os músicos Chico César, MC Pepita e Djonga se apresentaram no Museu da República. Já em Salvador, Daniela Mercury foi a principal atração musical, ao lado dos atores Wagner Moura e Nanda Costa, além da percussionista Lan Lanh.
Belo Horizonte contou com apresentações de Renegado, Rafael Ventura, Júlia Rocha e Fernanda Takai, ex-vocalista do Pato Fu. Em São Paulo, o protesto chamado “Congresso inimigo do povo” reuniu manifestantes na Avenida Paulista, com shows de Marina Lima, Leoni e Otto.
No Rio de Janeiro, o ato se concentrou na Praia de Copacabana, com promessa de apresentações de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan, Paulinho da Viola, Maria Gadú, Marina Sena, Lenine e Os Garotin em um trio elétrico montado no Posto 5 da praia. Durante a concentração, manifestantes entoaram gritos de “sem anistia” e “Bolsonaro na prisão”.
Outros artistas também marcaram presença em diferentes capitais. Silva, em Vitória (ES), Simone, em Maceió (AL), e Marco Nanini, em Belém (PA).
Veja registros:
Chico César e Djonga cantam em Brasília
Daniela Mercury, percussionista Lanlan, atores Nanda Costa e Wagner Moura marcam presença em Salvador
Fernanda Takai, da Banda Pato Fu, participa de ato em terra mineira
O ator Marco Nanini, nas ruas de Belém
Djavan, Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso marcam presença em solo carioca
Entenda o que está em disputa no Congresso
A PEC da Blindagem estabelece que deputados e senadores só poderão ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) caso a maioria de suas respectivas casas legislativas autorize 257 votos na Câmara ou 41, no Senado.
A decisão seria tomada em votação secreta, com prazo de até 90 dias para análise (ou 24h em casos de flagrante ou crimes inafiançáveis).
O texto ainda precisa tramitar no Senado antes de eventual sanção presidencial.
Já o PL da Anistia está sob relatoria do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que articula para transformar a proposta em uma forma de reduzir penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A movimentação tem gerado críticas de diferentes espectros políticos e motivou parte das manifestações deste domingo.
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