Anvisa autoriza fabricação do primeiro concorrente nacional do Ozempic





A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta terça-feira (23/12), a farmacêutica brasileira EMS a produzir dois medicamentos à base de liraglutida, princípio ativo usado no tratamento da obesidade e diabetes tipo 2.


A expectativa do laboratório é que o Olire, destinado ao tratamento de obesidade, e o Lirux, voltado ao controle da diabetes tipo 2, estejam nas farmácias em 2025.


De acordo com a EMS, o grande diferencial dos medicamentos é a tecnologia que usa matéria prima sintética (peptídeo químico) e permite um alto teor de pureza. O Lirux terá dose de até 1,8 mg ao dia, e o Olire, até 3 mg ao dia.


A liraglutida é o mesmo princípio ativo presente nos medicamentos Saxenda e Victoza, da Novo Nordisk. Ela é classificada como análoga de GLP-1, hormônio produzido no intestino que regula a glicemia (nível de açúcar no sangue) e as respostas da saciedade. O Ozempic e o Wegovy também são fabricados pela Novo Nordisk, mas têm como princípio ativo a semaglutida.


A decisão da Anvisa foi publicada no Diário Oficial da União, colocando a EMS como a primeira farmacêutica 100% brasileira a produzir medicamentos dessa categoria.


“Desenvolvemos um produto no país, com tecnologia brasileira, do zero. Vamos fabricar desde a matéria-prima até o produto acabado”, afirma o presidente do Conselho de Administração da EMS, Carlos Sanchez, em comunicado à imprensa.


O Olire e o Lirux já estão sendo fabricados em fase piloto, em Hortolândia (SP). De acordo com a farmacêutica, a fábrica inaugurada em agosto deste ano terá capacidade de produzir 20 milhões de canetas injetáveis contendo os medicamentos ao ano.  A partir de março de 2025, a expectativa é dobrar a produção para 40 milhões de unidades.


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